Assembléias rejeitam propostas patronais

Reunidos em assembléias simultâneas nos SINPROs que integram a FEPESP e no SINPRO Sorocaba (que representam mais de 80% da categoria no Estado), os professores de educação básica e do ensino superior não abriram mão da bandeira do aumento real de salários. Por isso, deliberaram pela continuidade das negociações.

EDUCAÇÃO BÁSICA

Os professores da educação básica rejeitaram a proposta do SIEEESP (sindicato dos estabelecimentos de ensino do Estado de São Paulo), limitada à reposição da inflação medida entre março de 2007 e fevereiro de 2008, e à participação nos lucros (PLR).

Vale lembrar que os patrões continuam se negando a discutir aumento real de salários, argumentando que os tempos estão difíceis. O que é duro de engolir, levando-se em conta uma previsão de reajuste nas mensalidades que pode chegar a 11,5% este ano. No dia 18.03 haverá nova rodada de negociações na FEPESP.

ENSINO SUPERIOR

As assembléias repudiaram a atitude do SEMESP (sindicato das mantenedoras dos estabelecimentos de ensino superior de São Paulo), que condiciona a discussão do reajuste a alterações em cláusulas sociais importantes, como o plano de saúde, a bolsa de estudo e a garantia semestral de salários.

Os patrões querem barganhar o aumento real em troca de modificações na Convenção Coletiva, ameaçando conquistas históricas da categoria.

Os professores lutam por aumento além da inflação e também pela fixação de parâmetros básicos para a elaboração de Planos de Carreira, que impeçam que as instituições contratem novos docentes por salários menores do que os já oferecidos.

Dissídio

As assembléias deliberaram pela continuidade das negociações, mas, caso não haja avanço, os professores de todos os níveis autorizaram os sindicatos a ingressarem com processo de dissídio. O recurso à Justiça, porém, dependerá de nova assembléia da categoria.

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